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Ataque na Austrália: paquistanês diz estar ‘com medo’ após ser apontado falsamente nas redes sociais como um dos atiradores

Ataque na Austrália: paquistanês diz estar ‘com medo’ após ser apontado falsamente nas redes sociais como um dos atiradores

 Tiroteio na praia de Bondi, na Austrália
Um paquistânes de 30 anos foi apontado erroneamente nas redes sociais como um dos atiradores que mataram pelo menos 15 pessoas em um ataque na praia de Bondi, em Sidney, na Austrália, e agora luta para desfazer o mau entendido.
Naveed Akram, que mora em Sidney, tem o mesmo nome que o atirador mais jovem e teve sua foto de perfil amplamente compartilhada como se fosse culpado. Um vídeo dele esclarecendo a situação foi compartilhado pelo pelo Consulado Geral do Paquistão em Sydney.
“Vou deixar bem claro para todos que não sou eu – não tive nada a ver com aquele incidente ou com aquela pessoa. Estou muito estressado e com medo disso, e nem consigo sair de casa em segurança”, lamenta ele nas imagens.
O paquistanês Naveed Akram, acusado falsamente de ser um dos atiradores no ataque a Bondi Beach
Consulado Geral do Paquistão em Sidney / Redes sociais
Em entrevista à agência de notícias AFP por telefone, Akram disse que nem conseguiu dormir depois de ver que havia sido falsamente identificado como o criminoso, por volta das 21h30, no horário local, neste domingo (14).
“Nem consegui dormir ontem à noite. Isso está destruindo minha imagem, a imagem da minha família. As pessoas começaram a ligar para eles. Eles ficaram preocupados e procuraram a polícia de lá”, contou.
Na legenda do vídeo do jovem, o consulado paquistanês condenou a fake news e pediu para que seus cidadãos residentes na capital australiana tomem cuidado:
“Este ato pôs em risco a vida de um cidadão paquistanês inocente. (…) À luz destes eventos, os membros da comunidade paquistanesa em Sydney são instados a permanecer vigilantes e a manter fortes conexões uns com os outros”.
Os dois suspeitos do ataque durante uma celebração judaica em Sydney, na Austrália, neste domingo (14), são pai e filho, de acordo com a polícia da região. O pai, de 50 anos, foi morto pelas autoridades. O filho foi detido e sofreu ferimentos, mas sua condição é estável.
O atentado terrorista deixou ao menos 15 vítimas e 42 pessoas feridas. O atentado ocorreu em uma das áreas mais movimentadas e turísticas da cidade, a praia de Bondi, e provocou pânico entre frequentadores da praia e participantes do evento religioso Hanukkah.
O mais velho dos suspeitos tinha licença para seis armas por pelo menos dez anos, e todas foram recuperadas pela polícia. Nenhum dos dois suspeitos tinha antecedentes criminais.
Em coletiva de imprensa, o comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, descartou a possibilidade de uma terceira pessoa no ataque.
O caso foi classificado pelas autoridades como ato terrorista e segue sob investigação. Autoridades pelo mundo prestaram solidariedade às vítimas e classificaram o caso como antissemita.
As autoridades também afirmaram que as vítimas tinham idades entre 10 e 87 anos.

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